Após sua intervenção decisiva para resgatar uma jovem de 20 anos das garras de seis jovens que a abusavam dentro de um carro estacionado em Palermo Soho, o padeiro Natália Conceição Duarte Ele passou da euforia ao medo. Ela teme represálias dos familiares dos acusados e, por meio de seus advogados, registrou queixa e pediu preventivamente que colocassem uma etiqueta de custódia policial na porta de suas dependências, para se sentir protegida.
Natália e seu marido, Orlando Ibarraque é quem repreendeu os agressores e até se defendeu com um cabo de vassoura quando eles resistiram, enquanto tentavam resgatar a menina, são representados por advogados Marino Alejandro Cid Aparicio e Martín Sarubbi, que apresentaram a denúncia perante a Justiça de Buenos Aires.
O Ministério Público a registrou com o nº 859561. E na resolução ordenou “as medidas de proteção previstas no artigo 38 do Código de Processo Penal de Buenos Aires, celular 100 e telefone de emergência no trabalho e pessoal”, além de a fornecimento de um botão de pânico.
A reclamação
“Venho denunciar que fui vítima do crime de ameaças na passada segunda-feira, dia 28 do corrente mês e ano, no cruzamento da Calle Serrano 1397, numa altura em que percebemos que uma pessoa do sexo feminino estava sendo abusada dentro de um veículo e tentamos ajudá-la para que os agressores cessassem suas ações. Na ocasião, os seis sujeitos envolvidos no referido evento nos contaram ‘Já sabemos onde eles trabalham e vamos voltar, filhos da puta, vamos matar todos eles’”lê-se na denúncia, à qual teve acesso A NAÇÃO.
“Depois disso, notificamos os policiais, que estavam presentes no local e procedemos à prisão dos sujeitos, que continuamente nos encaminhavam para frases ameaçadoras como a que descrevemos acima. É importante dizer que, como consequência da repercussão midiática das notícias e da multiplicidade de assuntos, sentimos medo, pois presumimos que os familiares desses sujeitos violam nossa integridade, em virtude da atitude que tomamos na época intervimos para deter o flagrante abuso sexual que eles estavam cometendo”, continuou o queixoso.
“Atento a todos os factos já denunciados, venho solicitar que seja ordenada a restrição de perímetro dos arguidos para que evitem contactar comigo e com o meu núcleo familiar, por si ou por intermediário, e por qualquer meio”, concluiu Duarte. .
Publicado en el diario La Nación