O Governo ordenou a convocação de sessões extraordinárias no Congresso Nacional a partir de 1º de fevereiro. O anúncio era esperado para pouco mais de uma semana, que foi finalmente anunciado esta tarde e será oficializado amanhã no Diário Oficial. Grande parte dos 18 projetos incluídos na agenda estão ligados à produção, mas um é claramente político: a reforma do Conselho Judicialórgão responsável pela nomeação e controle dos juízes.
A lista destacou, como primeira edição, “o Projeto de Lei que aprova o Consenso Fiscal assinado pelo Poder Executivo Nacional e representantes das Províncias”, que foi assinado no final do ano passado, sem a presença da cidade de Buenos Aires.
A convocação de eleições extraordinárias, esperada desde meados do mês, surge num momento chave para o Governo, que precisa de recuperar a iniciativa política após as derrotas que sofreu no Congresso no final do anoapós a reforma que deixou um parlamento mais equilibrado entre ele frente de tudo S Juntos pela Mudança.
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No que diz respeito à reforma do Conselho Judicial, o partido no poder pretende elevar os membros da organização de 13 para 17. O projeto foi acelerado pouco antes de sair a decisão do STF que declarou inconstitucional a composição de 13 membros, sancionada em 2006 por impulso de Cristina Kirchner, e ordenou que voltasse a um Conselho de 20 membros em meados de abril, a menos que o Congresso aprove uma lei determinando uma nova composição. Essa decisão da Corte, conhecida em dezembro passado, ocorreu em meio à relação conflituosa que o governista vive com o chefe do Judiciário.
O Poder Executivo busca aumentar a representação de juízes (de três para quatro), advogados (de 2 para 4) e acadêmicos e cientistas (de um para dois) no Conselho. Dessa forma, o corpo seria composto por quatro juízes, seis legisladores, quatro representantes dos advogados com registro federal, um representante do Executivo e dois representantes das esferas acadêmica e científica: um esquema menos desequilibrado que o atual, onde os representantes políticos superam o resto dos claustros.
A reforma do Conselho da Magistratura promete gerar uma nova batalha entre o Governo e a oposição, que tem vários projetos em andamento para reformar o órgão.
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Na lista de temas que o Governo vai propor para tratamento estão também o projecto de Promoção da Mobilidade Sustentável e a criação do Regime de Promoção do Desenvolvimento Agroindustrial.
A agenda promovida pelo Executivo acabou de ser definida nas últimas horas, e ficou nas mãos do próprio presidente, Alberto Fernández, e a secretária Jurídica e Técnica, Vilma Ibarra. Isso foi afirmado pelo próprio presidente, em sua conta no Twitter: “Reuni-me com o Secretário Jurídico e Técnico da Presidência. Definimos e ordenamos a agenda de projetos para a convocação das sessões extraordinárias do Congresso Nacional”.
Esta manhã encontrei-me com o Secretário Jurídico e Técnico da Presidência, @VilmaIbarraL.
Definimos e ordenamos a agenda de projetos para a convocação das sessões extraordinárias do Congresso Nacional. pic.twitter.com/9JZ36TiXxN
– Alberto Fernández (@alferdez) 21 de janeiro de 2022
A lista inclui os projetos de Promoção da Eletromobilidade; a partir de Promoção de Investimentos na Indústria Automotiva –Autopeças e sua Cadeia de Valor; a partir de “Regime para a Promoção do Desenvolvimento Agroindustrial Federal, Inclusivo, Sustentável e Exportador”; e o de Compre Argentina e Desenvolvimento de Fornecedores.
Bill também está incluído. estabelecer o marco regulatório da cadeia de produção, industrialização e comercialização do maconhasuas sementes e seus derivados para uso industrial e/ou medicinal, inclusive para pesquisa científica, visando atender o mercado local e gerar exportações.
Finalmente, entre as solicitações do Poder Executivo estão a criação de dois Parques Nacionais (em Córdoba e Río Negro); de duas universidades (Delta e Pilar); e o Projeto de Lei Nacional de Resposta Integral ao HIV, Hepatites Virais, Outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e Tuberculose (TBC).
Publicado en el diario La Nación